Se preferir, ouça a notícia:
A Vale concluiu a eliminação da barragem Grupo, localizada na Mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG). A estrutura é a 18ª construída pelo método a montante a ser descaracterizada pela empresa desde 2019. Com o avanço, o Programa de Descaracterização da mineradora chega a 60% de execução.

A obra retirou aproximadamente 2,5 milhões de m³ de rejeitos, incluindo o maciço principal e os alteamentos acumulados ao longo do tempo. Agora, a área passa por intervenções de “reconformação” do terreno, implantação de sistema de drenagem e recuperação ambiental.
Tecnologia e segurança
De acordo com a diretora de Descaracterização de Barragens da Vale, Adriana Bandeira, a conclusão reforça a prioridade da empresa com segurança.
“A descaracterização da barragem Grupo representa mais um passo importante no nosso compromisso com a segurança das pessoas, das comunidades e do meio ambiente. Alcançar 60% de execução do programa reforça a seriedade com que tratamos esse tema.”
As obras em Mina de Fábrica utilizaram equipamentos operados à distância e sistemas de acesso seguro, permitindo que trabalhadores atuassem em áreas de risco com maior proteção.
Situação das demais estruturas
A barragem Grupo é a terceira descaracterizada no Complexo Fábrica. Outras estruturas próximas, como as barragens Forquilha I, II e III, estão em fase preparatória, com início das obras previsto para 2026.
Em agosto, a Vale obteve autorização para reduzir o nível de emergência da barragem Forquilha III, que passou de nível III para nível II. Com isso, a empresa afirma não ter mais nenhuma estrutura em nível máximo de emergência. A barragem Grupo já havia sido retirada do protocolo emergencial em maio.
Compromisso assumido
A eliminação das estruturas a montante é, além de um compromisso público, uma exigência legal desde 2019. A Vale informa que já investiu mais de R$ 12 bilhões no programa. Das 30 barragens previstas para descaracterização, 15 foram concluídas em Minas Gerais e 3 no Pará.
Todas as estruturas a montante da empresa estão inativas e são monitoradas em tempo real pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs), que funcionam 24 horas por dia.