O cantor e compositor Lô Borges, um dos nomes mais marcantes da Música Popular Brasileira, morreu na noite de domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte (MG). O artista estava internado no Hospital Unimed, onde tratava um quadro de intoxicação medicamentosa desde o último dia 18 de outubro.
Nascido Salomão Borges Filho, em 1952, Lô se tornou referência nacional ao lado de Milton Nascimento e Beto Guedes, com quem fundou o lendário Clube da Esquina — movimento que revolucionou a música brasileira nos anos 1970 ao misturar MPB, rock, jazz e folk.
Um dos pilares do Clube da Esquina
Com apenas 20 anos, Lô assinou com Milton o álbum “Clube da Esquina” (1972), considerado um dos maiores discos brasileiros da história, com faixas eternas como O Trem Azul, Paisagem da Janela e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo.
No mesmo ano, lançou o seu primeiro disco solo, o icônico “Disco do Tênis”, que consolidou seu estilo psicodélico e inovador. Ao longo da carreira, lançou mais de 14 álbuns e teve suas músicas gravadas por artistas como Elis Regina, Skank, Flávio Venturini e Nando Reis.
Em 2023, Lô foi indicado ao Grammy Latino pelo álbum Não Me Espere na Estação, e em 2025 lançou Céu de Giz, em parceria com Zeca Baleiro.
Legado e despedida
Com uma voz doce e composições que marcaram gerações, Lô Borges se manteve ativo até os últimos anos, acumulando mais de 500 mil ouvintes mensais nas plataformas digitais.
Ele deixa um filho, Luca Borges, de 27 anos, além dos irmãos Márcio, Telo, Marilton, Nico e Yé, todos ligados à música.
O artista será lembrado como uma das vozes mais poéticas de Minas Gerais, símbolo da harmonia entre simplicidade e genialidade.
















