Ouro Preto recebeu uma visita ilustre nesta terça-feira (4). De forma reservada, o rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Sílvia Renate Sommerlath, da Suécia, escolheram a cidade mineira como destino de férias e conheceram de perto o patrimônio barroco e o trabalho de um dos mais conhecidos artistas locais.
O casal foi visto no adro da Igreja de São Francisco de Assis, onde acompanhou o artesão Luis Miranda, reconhecido por suas pinturas feitas com os dedos sobre azulejos. Suas obras, que retratam as ladeiras e igrejas da cidade, tornaram-se símbolo da arte ouro-pretana.
Durante o passeio, os monarcas também visitaram a Igreja de São Francisco de Assis, projetada por Aleijadinho, e a Basílica do Pilar, considerada uma das mais ricas do país em ornamentação de ouro. Eles ainda circularam pela tradicional Feira de Pedra-Sabão, ponto turístico e comercial famoso pelas esculturas e peças artesanais.


O prefeito Angelo Oswaldo comentou a visita nas redes sociais, destacando o valor simbólico da presença da realeza em uma cidade que é, desde 1980, Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Segundo ele, “Ouro Preto reafirma sua posição no mapa cultural do mundo ao receber visitantes que reconhecem sua importância histórica e artística.”
A visita coincidiu com o mês de celebração de Aleijadinho, o principal nome do barroco mineiro, reforçando a relevância do legado artístico preservado em Ouro Preto.
Esta não é a primeira vez que os reis da Suécia escolhem o Brasil como destino. Em 2024, o casal visitou o litoral baiano, passando pela Praia de Itacarezinho, em Itacaré. Agora, optaram pelas montanhas mineiras e pelas expressões culturais que fazem de Ouro Preto uma referência mundial.
Com a presença dos monarcas, a cidade voltou a ganhar destaque internacional. Entre ladeiras de pedra e obras seculares, a história e a arte continuam a atrair olhares de todos os continentes.
Minas registra recorde no turismo internacional
Minas Gerais vive um momento singular no turismo internacional. Segundo dados do Observatório do Turismo da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), 2025 já é o melhor ano da série histórica iniciada em 2018. As reservas internacionais emitidas para o período de outubro a dezembro cresceram 74%, impulsionando o estado a um novo patamar de visibilidade global.
A análise, baseada em informações da plataforma Amadeus-ForwardKeys, aponta que Minas se consolida como um dos destinos em maior expansão nas Américas, especialmente nos segmentos de cultura, natureza e bem-estar.
No mapa da internacionalização, Ouro Preto, Mariana, Tiradentes e Diamantina aparecem como símbolos da herança barroca e da hospitalidade mineira, atuando como verdadeiras vitrines culturais. Essas cidades, que reúnem o patrimônio colonial mais preservado do país, têm atraído viajantes estrangeiros interessados em história, gastronomia e experiências autênticas.
















