A concessionária Nova 381 deu início a uma nova etapa do contrato de concessão da BR-381 em Minas Gerais após receber autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para realizar estudos técnicos voltados à ampliação da capacidade de tráfego em um dos trechos mais movimentados da rodovia. A análise vai abranger cerca de 70 quilômetros entre Governador Valadares e Belo Oriente, no Leste mineiro.
O aval da agência reguladora permite que a empresa desenvolva o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), documento que vai embasar futuras intervenções estruturais na pista, com foco na redução de acidentes e na melhoria da fluidez do tráfego.
Faixas adicionais e mais segurança viária
Entre as soluções que poderão ser avaliadas estão a implantação de faixas adicionais e outras adequações capazes de reduzir pontos críticos ao longo do trajeto. O trecho é conhecido pelo alto volume de veículos pesados, especialmente caminhões que atendem às indústrias instaladas no Vale do Aço.
Segundo a concessionária, a iniciativa busca responder a demandas recorrentes de usuários e do setor produtivo regional, que dependem da rodovia para o transporte de cargas e deslocamento diário.
“A autorização da ANTT demonstra sensibilidade para enfrentar gargalos históricos da BR-381. Estamos mobilizados para concluir o estudo no menor prazo possível e apresentar alternativas viáveis para melhorar a rodovia”, afirmou o diretor-presidente da Nova 381, Marcelo Boaventura.
Rodovia estratégica para Minas e para o país
O trecho sob concessão da Nova 381 soma 303,4 quilômetros e conecta Governador Valadares a Belo Horizonte. A rodovia é considerada um dos principais corredores logísticos de Minas Gerais, ligando polos industriais do interior aos grandes centros consumidores e aos portos do Sudeste e do Nordeste.
A importância econômica do eixo se reflete no volume de investimentos previstos. Apenas nos primeiros nove meses de contrato, a concessionária informou ter aplicado mais de R$ 320 milhões em melhorias operacionais e estruturais. Ao longo dos 30 anos de concessão, o contrato prevê aportes que chegam a R$ 9,5 bilhões.
Impacto regional e conexão com outras rodovias
As possíveis intervenções entre Governador Valadares e Belo Oriente também devem gerar efeitos indiretos em outras rotas estratégicas, como a BR-116. Ambas as rodovias funcionam como corredores complementares para o transporte de cargas pesadas, especialmente produtos siderúrgicos, agrícolas e industriais.
A expectativa é que, com a ampliação da capacidade e melhorias na segurança, o trecho contribua para reduzir custos logísticos, aumentar a previsibilidade do transporte e diminuir o número de ocorrências graves na rodovia.
