Balanço celeste: o meio de campo do Cruzeiro em 2019

Maicon Costa
6 MIN DE LEITURA

O ano do Cruzeiro acabou da pior forma possível.

O time celeste foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, pela primeira vez em sua história e viu seus torcedores realizarem atos de selvageria ao depredarem o Mineirão, casa de tantas conquistas.

A temporada de 2019 é para se deixar para trás, mas não esquecer, para que erros como este não voltem a se repetir.

Sendo assim, faremos uma série de matérias especiais analisando o desempenho de setores do time celeste para ver o que de pior e de melhor, se possível, aconteceu no ano.

Após falarmos da defesa do Cruzeiro no primeiro texto da série, hoje falaremos do meio de campo estrelado.

Volantes Henrique Capitão do time, o veterano Henrique foi sem dúvidas um dos jogadores que mais sentiu a fase celeste.

Apesar de não faltar entrega do jogador, em muitos momentos faltou qualidade e sua queda de desempenho em relação a 2018 foi evidente.

Seu ciclo como titular do time parece estar se encerrando.

Talvez seja a hora dos jovens.

Éderson Grata surpresa, o jogador entrou num momento difícil e melhorou muito o time celeste.

Sentiu dificuldade em alguns jogos, mas ainda tem muito a evoluir e poderá ser peça chave na reconstrução do Cruzeiro. Um dos poucos que se salvaram, o garoto Éderson tomou conta do meio de campo celeste – Crédito da foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro Ariel Cabral Muito utilizado por Mano Menezes, passou a ser preterido pelos novos treinadores.

Quando jogou, pouco agregou e parece ter seu ciclo encerrado no clube.

Jadson Chegou no início do ano para ocupar a cota de volante ruim do time, deixada vaga por Bruno Silva.

Totalmente nulo.

Nada justifica uma eventual presença nos planos do Cruzeiro para 2020.

Lucas Silva Jogou no clube até o meio do ano, quando seu contrato de empréstimo se encerrou.

Foi uma grande perda e agora, sem clube, tem uma possível volta ventilada.

Lucas Romero Pediu para deixar o clube no meio do ano, pois queria voltar ao seus país natal, a Argentina.

Fez e faz muita falta ao Cruzeiro, pela qualidade técnica, versatilidade e principalmente pelo perfil de lutar pelo clube, visto em poucos jogadores do atual elenco.

Leia mais: Balanço celeste: o sistema defensivo do Cruzeiro em 2019 Meias Fotos como essa ficaram para trás – Crédito da foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro Thiago Neves Após dois anos de idolatria, quando vestia a camisa 30, Thiago Neves assumiu a 10 em 2019 e tudo mudou.

O jogador, pelas polêmicas fora de campo e péssimo desempenho dentro dele, se tornou um dos principais vilões no ano do Cruzeiro.

Não deve ficar no clube em 2020 e deixa o status de ídolo para sair pelas portas de trás.

Robinho Após alguns anos sendo um dos melhores jogadores do Cruzeiro, Robinho viveu um 2019 tenebroso.

Mal física e tecnicamente, o meia foi um peso morto para o time e ainda de quebra se machucou gravemente na penúltima rodada do Brasileirão.

Rodriguinho Contratado como substituto de Arrascaeta, o meia iniciou sua trajetória no clube de forma espetacular, com muitos gols e assistências.

Mas rapidamente seu desempenho caiu e antes que ele recuperasse o bom futebol, se machucou gravemente e já acumula seis meses fora dos gramados. Rodriguinho, que parecia ser uma solução, acabou se tornando um problema para o Cruzeiro – Crédito da foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro Marquinhos Gabriel Outro que começou bem sua trajetória com a camisa celeste, mas que, com o decorrer do ano, se mostrou um dos piores jogadores que já atuaram pelo Cruzeiro.

Nulo na maior parte dos jogos, o meia não conseguia demonstrar um mínimo de qualidade técnica e ainda menos entrega ou luta pelo clube.

Espera-se que não continue no time em 2020.

Maurício Cria da base, o jogador que estreou esse ano pelo time principal do Cruzeiro foi uma das poucas boas notícias tragas por 2019 ao torcedor azul.

O jogador, camisa 10 da Seleção Brasileira sub-20, é uma ótima perspectiva de futuro do clube e será peça importante na reconstrução celeste.

Apesar de entrar em poucos jogos, deu sua contribuição para o time com boas exibições e marcando o gol da vitória sobre o Vasco, ainda no primeiro turno. Mesmo jovem, Maurício foi um dos destaques do Cruzeiro e deverá ser mais utilizado em 2020 – Crédito da foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro Meio de campo celeste Pilar do Cruzeiro nos últimos anos, o setor de meio campo do time foi irreconhecível na atual temporada.

Saída de alguns jogadores, reposições ruins e péssima fase dos que ficaram, acabaram sendo os motivos que transformaram a “meiuca” estrelada num ponto fraco do time.

Dentre todos os jogadores da posição que terminaram o ano na Raposa, apenas os vindos da base mereceram destaque positivo, o que é sintomático.

Veja também: Confira os jogadores que pertencem ao Cruzeiro e voltarão de empréstimos em 2020

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Maic Costa nasceu em Ipatinga, mas se radicou na Região dos Inconfidentes mineiros. Formado em Jornalismo na UFOP, em 2019, passou por Estado de Minas, Superesportes, Esporte News Mundo, Food Service News e Mais Minas. Atualmente, é setorista do Cruzeiro na Trivela.