Se você é fã de ficção científica, adora uma boa investigação ou ainda sente saudades do nó na cabeça que “Dark” te deu, prepare-se: “Corpos” (“Bodies” no original) pode ser a sua nova obsessão. Essa minissérie da Netflix, baseada na graphic novel de Si Spencer, entrega uma trama intrigante, com viagens no tempo, mistérios policiais e reflexões sobre o impacto das nossas escolhas em diferentes eras.
O ponto de partida é um crime nada convencional: o mesmo corpo aparece no mesmo lugar, mas em quatro momentos históricos distintos — 1890, 1941, 2023 e 2053. Quatro detetives, cada um vivendo em sua própria época, precisam desvendar o mistério enquanto enfrentam os desafios particulares de suas realidades. Essa teia de histórias interligadas exige que eles não só resolvam o caso, mas que questionem suas próprias noções de tempo, destino e propósito.
Com oito episódios envolventes, “Corpos” é criação de Paul Tomalin, que divide a escrita com Danusia Samal. A narrativa é cuidadosamente costurada para conectar os diferentes períodos de forma coerente, mas sem entregar tudo de bandeja — aqui, o espectador é convidado a montar o quebra-cabeça junto com os protagonistas.
E falando em protagonistas, o elenco é composto por Amaka Okafor (The Sandman), Kyle Soller (Andor), Jacob Fortune-Lloyd (O Gambito da Rainha) e Shira Haas (Nada Ortodoxa) dão vida aos quatro detetives, cada um trazendo camadas de complexidade, dúvidas e determinação ao seu personagem, seja na Londres vitoriana de 1890 ou no futuro distópico de 2053.
A estética da série também merece destaque. Os cenários e figurinos levam o espectador para cada época de maneira imersiva, enquanto a trilha sonora e a fotografia criam uma atmosfera que flerta com o suspense e a ficção científica.
Mas “Corpos” vai além do mistério e da viagem no tempo. A série explora temas como a influência das escolhas individuais no coletivo e como certos traumas, medos e injustiças se repetem ao longo das décadas. É aquele tipo de obra que faz você pausar para refletir, não só sobre a trama, mas sobre o impacto que deixamos no mundo.
Então, se o seu fim de semana pede uma boa dose de suspense, personagens cativantes e uma pitada de filosofia sobre o tempo, “Corpos” é a escolha certa.
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