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A atuação da mineradora Ferro+ em Congonhas, na Região Central de Minas, será discutida nesta quarta-feira (24/9) pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião será no Auditório José Alencar, às 16h.

O pedido da audiência partiu da deputada Beatriz Cerqueira (PT), que manifestou preocupação com impactos ambientais e culturais na comunidade do Pires. Para o debate foram convidados moradores da região, representantes da empresa e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
A comunidade do Pires, fundada há mais de três séculos, enfrenta há anos problemas relacionados à mineração. Em 2024, deputados da comissão constataram dificuldades no abastecimento de água, poeira de minério no ar e rachaduras em casas. Agora, a expansão da Ferro+ prevê ampliar a lavra a céu aberto, dispor rejeitos em pilhas e em uma cava já existente, além de reaproveitar minério acumulado.
Segundo o MAB, a área de operação fica a apenas 120 metros das residências. Na audiência pública de licenciamento, em julho, moradores relataram receio quanto à saúde, à qualidade da água e do ar.
O movimento também alerta para os riscos à Serra do Pires, parte da paisagem que integra o conjunto da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. A descaracterização da serra, segundo os atingidos, poderia comprometer a preservação do sítio histórico e do legado de Aleijadinho.