Ao longo de 2025, Itabirito intensificou a vigilância contra a dengue e apostou em tecnologia para reforçar o trabalho de campo. Entre as iniciativas da Secretaria Municipal de Saúde, o projeto Tech Dengue ganhou destaque ao levar drones para sobrevoos em diferentes regiões do município, ajudando a identificar locais com risco de proliferação do Aedes aegypti.
Implantado em 2024, o programa já mapeou 1.373,6 hectares do território municipal. O uso das imagens aéreas permite localizar, com maior precisão, pontos onde a água pode se acumular — como lajes, quintais abandonados, terrenos baldios e recipientes descobertos.
Em um período marcado pelas chuvas, quando o risco aumenta, o recurso tecnológico se torna um aliado importante para conter o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Planejamento e ação em campo

Depois de cada sobrevoo, as equipes técnicas analisam as imagens e repassam os dados aos Agentes de Combate a Endemias (ACEs). Os profissionais vão aos locais indicados, eliminam possíveis focos e orientam os moradores sobre como evitar novos criadouros.
Para a secretária municipal de Saúde, Cleusa Claudino, o uso do drone possibilita um trabalho mais focado:
“O Tech Dengue permite que o município atue de forma estratégica, levando as equipes exatamente para onde há maior risco. Em época de chuva, esse trabalho preventivo faz toda a diferença.”
Sobrevoos frequentes e cobertura ampliada
Somente na primeira quinzena de dezembro foram três missões aéreas, que alcançaram mais de 188 hectares. Ao longo do ano, o projeto realizou 15 sobrevoos, cobrindo todas as regiões do município.
Os bairros monitorados incluem:
- Santo Antônio
- Vila José Lopes
- Praia
- João Carolino
- Cardoso
- Recreio dos Bandeirantes
- Santa Efigênia
- Padre Adelmo
- Meu Sítio
A estratégia alia tecnologia, planejamento e trabalho contínuo das equipes de vigilância ambiental.
Participação da comunidade continua indispensável
Mesmo com o reforço tecnológico, a Prefeitura lembra que o combate ao mosquito depende do dia a dia das famílias. Pequenos cuidados ajudam a evitar surtos e protegem a saúde coletiva.
Entre as recomendações estão:
- manter caixas d’água bem tampadas
- eliminar recipientes que acumulam água
- guardar garrafas sempre viradas para baixo
- descartar pneus corretamente
- limpar ralos e calhas com frequência
- usar pratinhos de plantas com areia
A coordenadora técnica de Vigilância Ambiental, Thais Guimarães, reforça:
“A prevenção depende da união entre poder público e população. Nosso trabalho é contínuo, e a participação das pessoas é essencial para manter os índices controlados.”



