Mano Menezes? Cruzeiro recua após gol e sofre empate no fim

Maicon Costa
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Ineficiência ofensiva, recuo após abrir o placar, esperar o fim do jogo jogando com o resultado embaixo do braço. Todas essas pareciam características do Cruzeiro de Mano Menezes em sua pior fase. Mas tudo isso aconteceu no jogo da noite de hoje (25), contra o CSA, no Estádio Rei Pelé, em Alagoas. Alguns culparão a “ressaca” do estilo de jogo de Mano, outros culparão corte de Pedro Rocha, minutos antes do jogo começar, obrigando Ceni a mudar de esquema em cima da hora. Mas o fato é que a Raposa voltou a vacilar, não matou o jogo, e foi punida nos minutos finais.

O jogo

Com um time muito mais qualificado que o do CSA, atual vice-lanterna da competição, o Cruzeiro não teve dificuldades para abrir o placar, aos 11 minutos do primeiro tempo. Fred aproveitou rebote de cabeçada de Thiago Neves e marcou seu segundo gol em dois jogos sob o comando de Rogério Ceni.

Sem ser incomodado pelo CSA, o Cruzeiro dominava o jogo e só não ampliou por falta de ímpeto ofensivo. Apesar de atacar, o time celeste parecia satisfeito com o resultado e pouco interessado com o jogo. E isso viria a custar caro.

Na segunda etapa, o CSA fez substituições ofensivas e, como quem não tem nadar a perder, voltou atacando o time celeste. Fábio foi obrigado a fazer algumas defesas e o jogo ficou mais complicado que deveria.

Lembrando a época de Mano Menezes, o Cruzeiro recuou e passou a se defender, saindo apenas no contra ataque, mesmo com um time muito mais forte. Essa postura chamou o CSA para cima, mas, por incompetência do time alagoano, a Raposa conseguia se livrar do perigo sem muitos problemas. Quando resolvia sair no contra-ataque, o clube celeste até levava perigo. Mas falta de capricho e displicência nas finalizações acabavam fazendo as chances ficarem apenas nos números de oportunidades e não aumentar a quantidade de gols.

E quando tudo já parecia acabado, eis que surge o castigo celeste. Apodi recebe bola na direita, após bate rebate, e cruza. A bola desvia em Fabrício Bruno, quica na frente de Fábio e engana o goleiro celeste, indo morrer no fundo do jogo. Aos 48 minutos do segundo tempo, 1 a 1.

Com o empate, o Cruzeiro perde a chance de se distanciar do Z4 e de vencer um rival direto da luta contra o rebaixamento. Além disso, o tabu de 14 meses sem vencer fora de casa pelo Brasileirão se mantém. E, como se não bastasse, uma combinação de resultados pode fazer o time mineiro terminar a rodada na 18ª colocação.

Decepção

Para quem passou uma semana esperando para ver o agressivo Cruzeiro que venceu o Santos no último domingo, o jogo de hoje foi uma grande decepção e lembrou as partidas que marcaram a derrocada do “Manobol”. Um futebol desinteressado e confortável com a vitória mínima, chamando o adversário para cima e esperando o tempo passar com o resultado embaixo do braço.

Fica a esperança que esse jogo tenha sido apenas um resquício da herança do estilo de jogo praticado durante três anos por Mano e que mude daqui para frente. Pois esperar uma semana para ver isso é realmente doído.

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Maic Costa nasceu em Ipatinga, mas se radicou na Região dos Inconfidentes mineiros. Formado em Jornalismo na UFOP, em 2019, passou por Estado de Minas, Superesportes, Esporte News Mundo, Food Service News e Mais Minas. Atualmente, é setorista do Cruzeiro na Trivela.