O gosto amargo da marca da cal

Pênaltis perdidos por Hulk e Gabigol marcam o fim de ano de Atlético e Cruzeiro

Luís Fabiano
Hulk e Gabigol, jogadores do Atlético-MG e do Cruzeiro, respectivamente - Créditos: Pedro Souza/Atlético e Gustavo Aleixo/Cruzeiro

A temporada de 2025 chega ao seu final, mas o cenário futebolístico mineiro carrega uma nota de melancolia, especialmente para os torcedores de Cruzeiro e Atlético-MG. Os grandes protagonistas da dor não foram os adversários, mas sim suas próprias esperanças: Hulk e Gabigol. Ambos falharam em momentos cruciais, transformando a reta final do ano em uma retrospectiva de oportunidades desperdiçadas.

Hulk e o Sonho da Sul-Americana

Ídolo do Atlético desabafa após vice na Sul-Americana: "Desistir nunca é uma opção"
Declaração do ídolo do Galo – Via: Instagram

Para o Atlético, o golpe veio na final da Copa Sul-Americana. Em um jogo tenso, Hulk, a referência técnica e o capitão da equipe, teve a chance de ser o herói. No entanto, sua cobrança de pênalti na disputa final foi defendida, custando o título ao Galo. A falha do atacante, conhecido pela sua potência e frieza, virou o símbolo da frustração atleticana no ano, deixando um vazio na galeria de troféus do Atlético, que buscava o título pela primeira vez.

Gabigol e a eliminação da Copa do Brasil

"Assumo minha responsabilidade e meu erro", diz Gabigol após perder pênalti decisivo na Copa do Brasil
Crédito: Rafael Vieira/Cruzeiro

Já no lado azul, o drama se deu na semifinal da Copa do Brasil. Gabigol, jogador do Cruzeiro desde 2025, viveu o seu momento mais difícil com a camisa celeste ao perder a cobrança de pênalti contra o Corinthians. O erro foi decisivo, selando a eliminação da Raposa e impedindo a chegada à grande final. A falha apenas intensificou os rumores, já apurados pelo GE, de que Gabigol pode não permanecer no clube em 2026.

- PUBLICIDADE -
Ad image

Pensar em 2026

Para ambas as torcidas, o que fica não são os gols bonitos, mas a imagem crua dos seus principais atacantes desolados. É o peso de saber que o talento é importante, sim, mas que a frieza nos momentos decisivos, aquela capacidade quase desumana de manter a calma sob pressão, é o que realmente separa o grande jogador do lamento. E essa lição amarga é o que eles levarão para 2026.

Compartilhar essa notícia
Graduando em Jornalismo pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), apaixonado por futebol, e de olho na política