Entre os dias 23 e 25 de setembro, moradores de Ouro Preto participaram de três oficinas voltadas para o debate dos riscos climáticos no município. Os encontros aconteceram na sede e nos distritos de Antônio Pereira e Cachoeira do Campo, reunindo comunidade, técnicos e representantes da Secretaria de Meio Ambiente e do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade.

As oficinas fazem parte do processo de construção do Plano Local de Ação Climática (PLAC), documento que orientará políticas de mitigação e adaptação às mudanças do clima.
Debate sobre riscos e prioridades
Durante os encontros, foram apresentados dados sobre vulnerabilidades já mapeadas em Ouro Preto, como enchentes, deslizamentos, ilhas de calor e o avanço de doenças transmitidas por mosquitos, entre elas dengue, zika e chikungunya. A população foi convidada a avaliar se esses problemas atingem seus bairros e a sugerir medidas para enfrentar os impactos.
Entre as propostas discutidas, destacaram-se ações de prevenção contra alagamentos, reforço na drenagem urbana, melhorias no sistema de saúde para enfrentar surtos e iniciativas de arborização para reduzir temperaturas em áreas mais críticas.
A voz da comunidade
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Francisco de Assis, a escuta popular é essencial para que o plano reflita a realidade local:
“Estivemos nos distritos e na sede ouvindo a comunidade para, juntos, construirmos ações que fortaleçam a resiliência e as medidas de adaptação às mudanças que já estão acontecendo”, afirmou.
A metodologia adotada busca justamente identificar pontos vulneráveis e priorizar investimentos públicos nas áreas mais expostas.
Troca de experiências
Na última oficina, realizada no bairro Barra, a representante da Prefeitura de Itabirito, Alessandra Paranhos, apresentou a experiência do município vizinho com seu próprio plano climático, reforçando a importância de documentos desse tipo para orientar ações de desenvolvimento sustentável.
Ferramenta estratégica
O PLAC de Ouro Preto pretende estabelecer prioridades de investimento e políticas voltadas à adaptação climática, com foco na segurança e qualidade de vida dos moradores. O processo também se conecta às metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que reúne 17 objetivos globais em defesa de um futuro sustentável e inclusivo.
Fonte: Prefeitura de Ouro Preto