A Samarco repassou R$ 3,5 milhões para a Reserva Biológica de Comboios (REBIO Comboios), localizada entre os municípios de Linhares e Aracruz, no Espírito Santo. O valor será destinado à revitalização de estruturas da área de visitação e de pesquisa da unidade, considerada um dos principais pontos de desova da tartaruga-de-couro no Brasil.
O repasse integra as obrigações da mineradora dentro do Novo Acordo do Rio Doce, que prevê ações de reparação socioambiental nas áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015.
De acordo com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), responsável pela execução do projeto, os recursos serão aplicados em diversas frentes, incluindo a adequação do sistema de captação de água dos tanques das tartarugas, reformas de estruturas administrativas, substituição da infraestrutura hidráulica e elétrica e melhorias de acessibilidade para visitantes com mobilidade reduzida.
As obras também contemplam a recuperação do deck de observação, o reforço do sistema de combate a incêndios e a reforma do laboratório usado para o monitoramento das espécies. O Funbio, uma associação privada sem fins lucrativos, foi escolhido para coordenar o projeto devido à sua experiência na gestão de iniciativas de conservação da biodiversidade em parceria com o ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente.
A gerente técnica ambiental da Samarco, Brígida Maioli, destacou que a iniciativa contribui para o fortalecimento da infraestrutura e das atividades de educação ambiental da reserva.
“Este repasse a entidades que realizam um trabalho consolidado, como a REBIO Comboios, permite melhorar as condições de infraestrutura, atrair visitantes e garantir a preservação das tartarugas marinhas”, afirmou.
A REBIO Comboios tem papel estratégico na conservação das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no litoral brasileiro. A área abriga um dos maiores sítios de desova da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), espécie ameaçada de extinção, além de receber visitantes e pesquisadores dedicados à proteção da fauna marinha.
O investimento na unidade reforça o compromisso firmado entre os órgãos ambientais e as mineradoras envolvidas no processo de reparação do Rio Doce, buscando conciliar recuperação ambiental e valorização das unidades de conservação afetadas direta ou indiretamente pelo desastre.
