O uso compartilhado da estrada Pico-Fábrica, controlada pela Vale, surgiu como uma das soluções discutidas nesta semana para reduzir o fluxo de carretas com minério nas rodovias federais BR-040 e BR-135, em Minas Gerais. A proposta foi apresentada durante reunião do Grupo Executivo coordenado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que busca alternativas para o problema do tráfego intenso e os riscos à segurança viária na região.
Se implementada, a medida permitiria que caminhões de outras mineradoras chegassem ao terminal de embarque do minério sem precisar atravessar trechos congestionados das rodovias. Atualmente, circulam pelas BRs cerca de 1.500 carretas carregadas diariamente. A Vale ainda não se manifestou sobre a possibilidade de liberar a estrada para uso coletivo.
Além do uso da estrada privada, o grupo debateu a criação de um Plano Mínimo de Segurança Viária, considerado uma medida emergencial até que se avance em alternativas definitivas, como o projeto da Rodovia do Minério. Essa nova via teria o objetivo de desviar o tráfego pesado das rodovias federais e criar rotas mais seguras para os municípios afetados.
A reunião contou com representantes do MPMG, Ministério Público Federal, diversas mineradoras, órgãos estaduais e federais de transporte e meio ambiente, além de associações de municípios mineradores. A discussão reforça a pressão sobre empresas e autoridades para encontrarem soluções que reduzam os impactos do transporte mineral nas cidades cortadas pelas BR-040 e BR-135.