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As tarifas de exportação do aço e a relação de Brasil e EUA simbolizam uma ‘Colonização Disfarçada’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a postura de Brasil e Argentina, nesta segunda-feira (2), através de sua rede social, acusando-os de desvalorizarem suas respectivas moedas e, também, alegou que vai reinstalar tarifas de importação sobre o aço e alumínio dos dois países. “Brasil e Argentina têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas.

O que não é bom para nossos agricultores”, publicou Donald Trump.

O Brasil é um dos principais fornecedores de aço e ferro para os Estados Unidos.

De 2011 até 2017, o país norte-americano importou 35,9 milhões de toneladas, sendo 4,7 milhões de aço brasileiro, o que corresponde a 66% de variação.

Veja a postagem de Donald Trump:

Brazil and Argentina have been presiding over a massive devaluation of their currencies. which is not good for our farmers.

Therefore, effective immediately, I will restore the Tariffs on all Steel & Aluminum that is shipped into the U.

S. from those countries.

The Federal…. — Donald J.

Trump (@realDonaldTrump) December 2, 2019

Com isso, o presidente Jair Bolsonaro disse que “se for o caso”, irá conversar com Trump sobre a restauração das tarifas sobre a importação de aço e alumínio feito pelos Estados Unidos.

E ainda, para o chefe de estado brasileiro, a medida proposta pelo presidente dos EUA não é uma “retaliação”.

Desvalorização do real Desde janeiro até a última sexta-feira (29), o dólar já subiu 9,43% a frente do real, o que barateia as exportações do Brasil e aumenta a competitividade com os outros países.

Apenas em novembro, a alta da moeda norte-americana chegou a 5,73%, sendo a que mais perdeu valor durante o mês.

Colonização disfarçada A atual conjuntura do Brasil se mostra altamente sem autonomia e com uma dependência gigante dos Estados Unidos.

Claro, o país norte-americano é a principal potência econômica do mundo, o que não quer dizer que um país continental precise de algum mentor para fazer um esquema parecido com a brincadeira de criança “Siga o mestre”.

As respostas do chefe de estado, Jair Bolsonaro, não trazem conforto algum ao povo brasileiro, quando perguntado sobre as novas tarifas de importação.

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Seu insistente recurso de “perguntar a Paulo Guedes” é vazio e não traz segurança de um planejamento econômico efetivo para que outros países enxerguem o Brasil como um lugar interessante para negociar.

Sobre as tarifas nas importações de aço e alumínio, o presidente Jair Bolsonaro disse: “Primeiro é munição para pessoal opositor meu aqui no Brasil, né?

Vou conversar com o Paulo Guedes hoje ainda.

Se for o caso, vou ligar para o presidente Donald Trump.

A economia deles não se compara com a nossa, é dezena de vezes maior do que a nossa.

Não vejo isso como retaliação.

Vou conversar com ele para ver se não nos penaliza com a sobretaxa no preço do alumínio”.

E, mais uma vez, o presidente se esquivou do verdadeiro problema e trazendo a oposição à sua fala.

Porém, não é de hoje que o Brasil se mostra um seguidor dos EUA.

Para se ter uma noção do quão é influente a postura de Jair Bolsonaro perante a relação com os norte-americanos, em novembro de 2019, um grupo de manifestantes se reuniram nas ruas de diversas cidades do país para protestarem contra o ministro do STF, Gilmar Mendes, e apoiar o atual presidente brasileiro.

Em alguns lugares as pessoas marcharam em continência ao maior símbolo norte-americano, uma réplica da Estátua da Liberdade.

O “siga o mestre” de Bolsonaro com os EUA se mostra parecido desde sua candidatura, na verdade.

Sendo altamente conservador e colecionando conflitos com os principais veículos de comunicação do país.

Porém, o problema é que Jair atribui, cada vez mais, a autonomia estadunidense sobre o Brasil, o que causa em dificuldades de exportação dos principais fragmentos da economia nacional, como agropecuária, matéria prima e aço, assim como uma boa negociação com os países consumidores de seu produto.

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