A Cedro Mineração protocolou junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedido para arrendar a mina de Mariana, atualmente com capacidade de cerca de 3 milhões de toneladas por ano. A operação é feita em parceria com a Vale e prevê expansão para até 10 milhões de toneladas anuais. O aval do Cade é a etapa necessária para viabilizar o negócio, que pode transformar o município em um polo ainda mais estratégico dentro do Sistema Sul de minério de ferro.
Em 2023, a mina produziu 2,87 milhões de toneladas, com receita estimada em R$ 671,75 milhões. Caso a expansão se confirme, a unidade passará a operar em uma escala próxima das maiores minas do estado, ampliando o aproveitamento das reservas e fortalecendo a posição da Cedro no mercado. A empresa também projeta atingir entre 20 e 25 milhões de toneladas anuais em todas as suas operações até 2030, com novos projetos em Barão de Cocais e Itabirito, além de investimentos logísticos.
Cade analisa impactos da operação
O pedido de análise enviado ao Cade aponta que a sinergia entre os ativos da Vale e da Cedro permitirá ganhos logísticos e operacionais, uma vez que a mineradora passará a explorar áreas contíguas aos direitos minerários da Vale. Segundo as empresas, o arrendamento não deve gerar concentração excessiva de mercado, argumento que será avaliado pelos técnicos do conselho.
Para a Vale, a medida faz parte da estratégia de apoiar mineradoras com histórico sólido de atuação comunitária e de eficiência produtiva. No caso da Cedro, o desempenho consistente desde o início das operações em 2022 e o potencial de crescimento foram considerados diferenciais.
Se aprovado, o acordo abrirá um novo ciclo de expansão para a Cedro Mineração, consolidando a empresa como uma das principais produtoras independentes de minério de ferro do país e reforçando a importância de Mariana na rota nacional do setor.
