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Rodovias em Ouro Preto e Mariana entram em novo ciclo de concessão

Trecho da BR-356 em Ouro Preto será duplicado com a concessão da Via Liberdade
Projeto de R$ 5 bilhões integra reparação do desastre de Mariana — Crédito: Cristiano Machado / Imprensa MG

O trecho rodoviário que liga Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Rio Casca, na Zona da Mata, terá concessão por 30 anos. O leilão da chamada Via Liberdade foi realizado nesta quinta-feira (18), na Bolsa de Valores, em São Paulo, e definiu o Consórcio Rota da Liberdade como vencedor.

O contrato prevê a administração de 190,1 quilômetros de rodovias que passam por 11 municípios, incluindo Itabirito, Ouro Preto, Mariana, Barra Longa e Ponte Nova. O grupo assumirá a duplicação integral da BR-356 e a execução de melhorias em trechos da MG-262 e da MG-329.

O projeto faz parte das medidas de reparação do desastre de Mariana e contará com R$ 2 bilhões oriundos do Novo Acordo assinado em 2024. O valor total de investimentos é estimado em quase R$ 5 bilhões.

Obras previstas

Entre as intervenções estão 78,7 km de duplicações, 40,6 km de terceiras faixas, acostamento em todo o trecho e a construção do Contorno Viário de Cachoeira do Campo, com 7,3 km de extensão. Também estão previstas áreas de escape na Serra da Santa, em Itabirito, e um Ponto de Parada e Descanso para caminhoneiros em Amarantina.

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Setembro Amarelo

A concessão inclui ainda a instalação de um Centro de Controle Operacional e três bases de serviços, com assistência 24 horas. O atendimento médico deverá ocorrer em até 30 minutos, e o suporte mecânico em até uma hora e meia.

Impactos esperados

Com a conclusão das obras, a viagem entre Nova Lima e Rio Casca deve ser reduzida em cerca de 40 minutos. O trajeto até Ouro Preto também será encurtado em mais de 20 minutos. O pedágio só começará a ser cobrado após a entrega das melhorias previstas para o primeiro ano de contrato, como reabilitação do pavimento e revitalização da sinalização.

Contexto histórico

O nome Via Liberdade faz referência à rota turística lançada em 2022, que conecta o Rio de Janeiro a Brasília passando por Minas Gerais. Além do papel logístico, a concessão busca integrar infraestrutura e turismo em uma região marcada pela Inconfidência Mineira.

O Novo Acordo de Mariana, firmado em 2024 entre governos, órgãos de justiça e as mineradoras Samarco, Vale e BHP, direciona recursos para obras estruturantes como essa, em reparação aos impactos do rompimento da barragem de Fundão, em 2015, que deixou 19 mortos e graves danos sociais, ambientais e econômicos.

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